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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cemitério da Parangaba acumula focos do mosquito da dengue

No Cemitério, copos de plástico, garrafas descartáveis, vasos sem mais uso, sacos e folhas viram foco fácil para o mosquito da dengue. Prefeitura confirma vistoria e prevê limpeza no local na próxima semana


No cemitério da Parangaba, objetos que acumula água (DEYVISON TEIXEIRA)


O local pode parecer inofensivo. Mas não. Há residências por perto e por lá passam muitas pessoas todo dia. No Cemitério da Parangaba, alguns objetos chamam a atenção por serem focos do mosquito da dengue. Copos e garrafas de plástico são os mais comuns de serem encontrados.

Com a chuva dos últimos dias, a água também é mais fácil de ser acumulada. Nos espaços entre os jazigos na Parangaba, juntam-se aos copos e garrafas vários vasos que devem ter abrigado plantas algum dia. Ficam virados para cima, com possibilidade de encher d’água. Outro foco em evidência.


Pedaços de sacos plásticos também estão espalhados pelo cemitério. Jogados ao chão, acumulam água e viram foco fácil. Copos e garrafinhas de iogurte e até folhas grandes também existem aos montes no lugar.


O leitor Mizael Ramos foi quem atentou e sugeriu a matéria ao O POVO. Quis alertar a Prefeitura para o cuidado e a limpeza. “Os mosquitos da dengue estão fazendo a festa. Estive lá e não suportei a infestação dos mosquitos”, conta ele, que se incomodou com o perigo da doença.


Moradora de um prédio próximo ao cemitério, Lourdes Farias também se preocupa. Ela, que já esteve com suspeita de dengue, cita que não é difícil o mosquito sair de lá e infectar moradores das redondezas.


Vistorias e limpeza


Como o cemitério é municipal, o órgão responsável pela área é a Secretaria Executiva Regional (SER) IV. O Distrito Técnico de Endemias da Regional comunicou que as vistorias focais, para o combate ao foco da doença, são realizadas a cada 15 dias. Nesta semana, já foi feita uma vistoria, mas não foram encontrados focos, constata o Distrito.

Além disso, antes das missas na capela, educadores de saúde conversam com os visitantes do local, explicando sobre os cuidados com a doença, de acordo com a SER IV.


A Regional acrescenta que está programada uma limpeza do cemitério na próxima semana. Haverá varrição e recolhimento de objetos que acumulam água.


O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue. Só a fêmea do mosquito transmite a doença. O mosquito é preto e tem riscos brancos na perna. O horário mais comum de os mosquitos picarem é no início da manhã ou fim da tarde.


SAIBA MAIS

Mato


Fora a quantidade de objetos-foco do mosquito da dengue, o mato está tomando de conta de alguns espaços no Cemitério da Parangaba. Em certos locais do cemitério, não se vê mais os jazigos dada a altura do mato que avança.

Cemitério do Mucuripe


Um bom exemplo. No Cemitério do Mucuripe, visitado pelo O POVO ontem, a limpeza merece ser destacada. Não foram vistos copos, garrafas de plástico ou outros objetos que acumulem água.

A poda do mato está em dia. A maior parte dos jazigos está bem cuidada, com plantações mantidas. O local tem zeladoras (que são pagas pelas famílias das pessoas enterradas) e coveiros, que tratam o local. A iniciativa deveria ser seguida.

Daniela Nogueira
danielanogueira@opovo.com.br

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