Publicado em 21 de outubro de 2011 no Diário do Nordeste
Um dos projetos qualificará trabalhadores do Serviluz, que esperam outra oportunidade após a polêmica do estaleiro
Os dois principais shoppings que chegarão a Fortaleza nos próximos anos, o Parangaba e o RioMar, serão responsáveis pela geração de 11 mil postos de trabalho na Capital. A informação é da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que esteve ontem no Sistema Verdes Mares. Serão oito mil empregos criados somente pelo empreendimento do grupo pernambucano JCPM, que será instalado no bairro do Papicu; mais três mil que surgirão com a implantação do centro de compras do Grupo Marquise, na Parangaba.
´Indústria de destruição´"Só aí são 11 mil empregos. O estaleiro prometia 1.500, dos quais 400 certamente seriam de mão de obra qualificada, mas ia trazer tanto transtorno para a orla marítima, que a gente vê que está bombando e que faz com que Fortaleza seja vista hoje na perspectiva da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. A gente não colocar um estaleiro, que mais parece uma indústria de destruição, do ponto de vista visual, tenho cada vez mais certeza que fizemos a coisa certa", afirmou a prefeita.
A prefeita retornou ao tema do estaleiro porque parte das vagas do Shopping RioMar será ocupada por moradores do Serviluz, bairro que receberia a indústria de construção naval. O empreendimento deverá fazer a qualificação profissional de mil trabalhadores que sairão das imediações da Praia do Titanzinho. Além de serem treinados, as pessoas ainda poderão ter a chance de conseguir umas das oito mil vagas que serão criadas com o shopping. "Com relação a esses dois shoppings, a Prefeitura está organizando, buscando contrapartidas para a instalação, ou pelo menos ajudando-os a se instalarem por aqui", informou Luizianne Lins.
ProjetosO RioMar contará com investimento da ordem de R$ 600 milhões, e terá 445 lojas, sendo 15 âncoras, 17 megalojas,348 lojas satélites, cinema com 12 salas, diversões eletrônicas, uma academia de ginástica, teatro com 500 lugares, oito restaurantes e 50 operações de fast food. O grupo, de acordo com a prefeita de Fortaleza, vai "organizar todo o processo da Lagoa do Papicu e limpá-la".
Já o Shopping Parangaba receberá investimento de R$ 180 milhões, e quando estiver em funcionamento, deverá movimentar R$ 444 milhões anuais em vendas. A previsão é de que fique pronto em abril de 2013. O centro de compras terá 306 lojas, sete âncoras, 24 operações de fast food, 6 salas de cinema e 1.300 vagas de estacionamento.
DIEGO BORGESREPÓRTER
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Comunidade diz não à exploração do trabalho infantil
Campanha contra doação de esmolas chega à SER VI. Ideia é conscientizar os pais sobre onde crianças e adolescentes devem estar. Um lugar que dona Ângela Maria conhece bem. E defende sem titubeios
Foi com um puxão na barra da calça que o meninote de olho arregalado alertou ao repórter da visão prejudicada para o frenesi do palco. Levantou, disse um breve “sai do meio”, retomou o assento e continuou vidrado na história do homenzinho torto. Levantou de novo, dançou e ouviu lições sobre não fumar e não bater em coleguinhas.
Era uma das atividades realizadas no encerramento da da campanha “Não dê esmola à criança em situação de rua”, no Jangurussu, na manhã deste sábado. O bairro pertence à Secretaria Executiva Regional (SER) VI.
A iniciativa foi pensada pelo Conselho Comunitário de Apoio ao Ministério Público e apoiada pela Prefeitura de Fortaleza. A mobilização já passou por outras quatro SERs. Agora, segue para a SER II.
É uma maneira de comunidades dizerem “não” à exploração do trabalho infantil, o cerne de infâncias mendigadas; minguadas. “Essa é uma realidade de todo o município. E não adianta fazer ações pontuais. Elas têm que ser interdisciplinares”, explica a coordenadora da campanha na SER VI, Helquia Monte.
Por isso, a força-tarefa sempre reforça aspectos como esporte, lazer e educação, quase sempre em falta especialmente na periferia. E educação em dois sentidos: de conscientizar os pais sobre o crime de submeter nossa juventude ao trabalho; e manter essa juventude ocupada. Na escola, de preferência. “Em várias unidades, já tem o ‘Mais Escola’, onde o aluno tem sete horas diárias de programação”, informa a chefe do Distrito de Educação da SER VI, Socorro Braga. A Regional é a maior tanto em população quanto em território. São 29 bairros e mais de 600 mil habitantes.
Após verificar pressão, fazer teste de glicemia, cortar o cabelo e receber uma muda de planta para o jardim de casa, dona Ângela Maria sentencia algo cuja experiência de seus 67 anos lhe permite. “Conheço gente aqui do Jangurussu que coloca “os filho tudim” na rua pra pedir esmola. Isso tá errado! Lugar de criança é no colégio, estudando pra ser gente na vida. Ou até na rua, mas jogando bola, soltando pipa, disputando bila...”.
Como
ENTENDA A NOTÍCIA
A exploração da mão de obra infantil pode ser evitada e combatida com a criança tendo atividades em tempo integral na escola. Programas nesse sentido já existem tanto em âmbito municipal quanto estadual.
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| Campanha contra o trabalho infantil foi realizada em escola do Jangurssu ( FOTO DEIVYSON TEIXEIRA) |
Foi com um puxão na barra da calça que o meninote de olho arregalado alertou ao repórter da visão prejudicada para o frenesi do palco. Levantou, disse um breve “sai do meio”, retomou o assento e continuou vidrado na história do homenzinho torto. Levantou de novo, dançou e ouviu lições sobre não fumar e não bater em coleguinhas.
Era uma das atividades realizadas no encerramento da da campanha “Não dê esmola à criança em situação de rua”, no Jangurussu, na manhã deste sábado. O bairro pertence à Secretaria Executiva Regional (SER) VI.
A iniciativa foi pensada pelo Conselho Comunitário de Apoio ao Ministério Público e apoiada pela Prefeitura de Fortaleza. A mobilização já passou por outras quatro SERs. Agora, segue para a SER II.
É uma maneira de comunidades dizerem “não” à exploração do trabalho infantil, o cerne de infâncias mendigadas; minguadas. “Essa é uma realidade de todo o município. E não adianta fazer ações pontuais. Elas têm que ser interdisciplinares”, explica a coordenadora da campanha na SER VI, Helquia Monte.
Por isso, a força-tarefa sempre reforça aspectos como esporte, lazer e educação, quase sempre em falta especialmente na periferia. E educação em dois sentidos: de conscientizar os pais sobre o crime de submeter nossa juventude ao trabalho; e manter essa juventude ocupada. Na escola, de preferência. “Em várias unidades, já tem o ‘Mais Escola’, onde o aluno tem sete horas diárias de programação”, informa a chefe do Distrito de Educação da SER VI, Socorro Braga. A Regional é a maior tanto em população quanto em território. São 29 bairros e mais de 600 mil habitantes.
Após verificar pressão, fazer teste de glicemia, cortar o cabelo e receber uma muda de planta para o jardim de casa, dona Ângela Maria sentencia algo cuja experiência de seus 67 anos lhe permite. “Conheço gente aqui do Jangurussu que coloca “os filho tudim” na rua pra pedir esmola. Isso tá errado! Lugar de criança é no colégio, estudando pra ser gente na vida. Ou até na rua, mas jogando bola, soltando pipa, disputando bila...”.
Como
ENTENDA A NOTÍCIA
A exploração da mão de obra infantil pode ser evitada e combatida com a criança tendo atividades em tempo integral na escola. Programas nesse sentido já existem tanto em âmbito municipal quanto estadual.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Parangaba e RioMar vão criar 11 mil empregos, diz Luizianne
Um dos projetos qualificará trabalhadores do Serviluz, que esperam outra oportunidade após a polêmica do estaleiro
Os dois principais shoppings que chegarão a Fortaleza nos próximos anos, o Parangaba e o RioMar, serão responsáveis pela geração de 11 mil postos de trabalho na Capital. A informação é da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que esteve ontem no Sistema Verdes Mares. Serão oito mil empregos criados somente pelo empreendimento do grupo pernambucano JCPM, que será instalado no bairro do Papicu; mais três mil que surgirão com a implantação do centro de compras do Grupo Marquise, na Parangaba.
´Indústria de destruição´
"Só aí são 11 mil empregos. O estaleiro prometia 1.500, dos quais 400 certamente seriam de mão de obra qualificada, mas ia trazer tanto transtorno para a orla marítima, que a gente vê que está bombando e que faz com que Fortaleza seja vista hoje na perspectiva da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. A gente não colocar um estaleiro, que mais parece uma indústria de destruição, do ponto de vista visual, tenho cada vez mais certeza que fizemos a coisa certa", afirmou a prefeita.
A prefeita retornou ao tema do estaleiro porque parte das vagas do Shopping RioMar será ocupada por moradores do Serviluz, bairro que receberia a indústria de construção naval. O empreendimento deverá fazer a qualificação profissional de mil trabalhadores que sairão das imediações da Praia do Titanzinho. Além de serem treinados, as pessoas ainda poderão ter a chance de conseguir umas das oito mil vagas que serão criadas com o shopping. "Com relação a esses dois shoppings, a Prefeitura está organizando, buscando contrapartidas para a instalação, ou pelo menos ajudando-os a se instalarem por aqui", informou Luizianne Lins.
Projetos
O RioMar contará com investimento da ordem de R$ 600 milhões, e terá 445 lojas, sendo 15 âncoras, 17 megalojas,348 lojas satélites, cinema com 12 salas, diversões eletrônicas, uma academia de ginástica, teatro com 500 lugares, oito restaurantes e 50 operações de fast food. O grupo, de acordo com a prefeita de Fortaleza, vai "organizar todo o processo da Lagoa do Papicu e limpá-la".
Já o Shopping Parangaba receberá investimento de R$ 180 milhões, e quando estiver em funcionamento, deverá movimentar R$ 444 milhões anuais em vendas. A previsão é de que fique pronto em abril de 2013. O centro de compras terá 306 lojas, sete âncoras, 24 operações de fast food, 6 salas de cinema e 1.300 vagas de estacionamento.
DIEGO BORGES
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
Os dois principais shoppings que chegarão a Fortaleza nos próximos anos, o Parangaba e o RioMar, serão responsáveis pela geração de 11 mil postos de trabalho na Capital. A informação é da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que esteve ontem no Sistema Verdes Mares. Serão oito mil empregos criados somente pelo empreendimento do grupo pernambucano JCPM, que será instalado no bairro do Papicu; mais três mil que surgirão com a implantação do centro de compras do Grupo Marquise, na Parangaba.
´Indústria de destruição´
"Só aí são 11 mil empregos. O estaleiro prometia 1.500, dos quais 400 certamente seriam de mão de obra qualificada, mas ia trazer tanto transtorno para a orla marítima, que a gente vê que está bombando e que faz com que Fortaleza seja vista hoje na perspectiva da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. A gente não colocar um estaleiro, que mais parece uma indústria de destruição, do ponto de vista visual, tenho cada vez mais certeza que fizemos a coisa certa", afirmou a prefeita.
A prefeita retornou ao tema do estaleiro porque parte das vagas do Shopping RioMar será ocupada por moradores do Serviluz, bairro que receberia a indústria de construção naval. O empreendimento deverá fazer a qualificação profissional de mil trabalhadores que sairão das imediações da Praia do Titanzinho. Além de serem treinados, as pessoas ainda poderão ter a chance de conseguir umas das oito mil vagas que serão criadas com o shopping. "Com relação a esses dois shoppings, a Prefeitura está organizando, buscando contrapartidas para a instalação, ou pelo menos ajudando-os a se instalarem por aqui", informou Luizianne Lins.
Projetos
O RioMar contará com investimento da ordem de R$ 600 milhões, e terá 445 lojas, sendo 15 âncoras, 17 megalojas,348 lojas satélites, cinema com 12 salas, diversões eletrônicas, uma academia de ginástica, teatro com 500 lugares, oito restaurantes e 50 operações de fast food. O grupo, de acordo com a prefeita de Fortaleza, vai "organizar todo o processo da Lagoa do Papicu e limpá-la".
Já o Shopping Parangaba receberá investimento de R$ 180 milhões, e quando estiver em funcionamento, deverá movimentar R$ 444 milhões anuais em vendas. A previsão é de que fique pronto em abril de 2013. O centro de compras terá 306 lojas, sete âncoras, 24 operações de fast food, 6 salas de cinema e 1.300 vagas de estacionamento.
DIEGO BORGES
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
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