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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Buracos, falta de educação e trânsito caótico na Parangaba

Tráfego intenso forma constantes congestionamentos no entorno dos terminais da Lagoa e da Parangaba


Todos os dias, o entorno dos terminais Lagoa e Parangaba é um exercício de paciência para motoristas (MAURI MELO)


Fluxo intenso de carros, falta de educação dos motoristas, buracos na pista e vias que não mais suportam o aumento do número de veículos. OPOVO acompanhou o trânsito no horário de pico em torno dos terminais de ônibus da Lagoa e da Parangaba. Longos engarrafamentos e cruzamentos fechados por imprudências dos motoristas foram os principais problemas encontrados.

A vendedora Fabiana Santos, 27, mora no condomínio em frente ao terminal Lagoa, com acesso pela avenida Augusto dos Anjos. Ela conta as dificuldades que enfrenta e observa todos os dias. “Não há respeito. O tempo dos semáforos é muito louco, para quem dirige como eu. Não há sintonia. Para atravessar a rua é muito complicado aqui”. A poucos metros, no cruzamento das avenidas Gomes Brasil e José Bastos, buracos atrasam o tempo de passagem dos carros nos intervalos de abertura dos semáforos, congestionando o trânsito.

Em horários de grande movimento, o cruzamento das avenidas Gomes Brasil e Osório de Paiva vira “uma grande confusão”, de acordo com o jardineiro Lúcio Flávio Paiva, 55, que trabalha numa lanchonete próxima. “Sempre é complicado aqui de manhã, meio-dia e cedo da noite. Segunda passada de manhã o engarrafamento parou tudo. Ninguém ia, ninguém vinha”. O motorista Arnaldo Alves, 44, pega o trecho todos os dias. “Existem momentos que ninguém se entende, dá um nó. Nem o semáforo resolve”, denuncia.

A mesma situação foi vista na confluência das avenidas Dedé Brasil e Germano Frank. Em diversos momentos, o encontro das vias foi fechado por motoristas que aproveitaram os últimos segundos do tempo dos semáforos. Um engarrafamento de aproximadamente três quilômetros chegou a se formar nesse trecho.

O frentista Eliseu Carvalho, 33, já se acostumou às buzinadas e reclamações que ouve constantemente do posto de gasolina onde trabalha, localizado na esquina com as avenidas citadas. “Tem horários que o trânsito não anda nem pra frente nem pra trás. À noite, a AMC (Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania) às vezes está aqui para controlar o pessoal que fecha a passagem dos outros, mas de dia não tem ninguém e é essa confusão”, explica.


Em nota, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) informou que nos horários de pico mantém duas equipes de agentes de trânsito todos os dias, pela manhã e à noite, nos locais mais movimentados.

No entanto, no período das 7h10min às 9 horas de ontem, O POVO não viu nenhum agente. O órgão admite que a presença dos agentes é apenas um reforço que não soluciona o problema. “A principal causa é o grande volume de veículos que passam por lá todos os dias”.

A AMC acrescentou que além dos agentes em horários de pico, é realizada também fiscalização rotineira por meio de rotas.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Congestionamentos no entorno dos terminais da Lagoa e da Parangaba são causados principalmente por desrespeitos às regras de trânsito e vias que já não conseguem atender o volume de carros na Capital.


NÚMEROS

229 MIL

Passageiros por dia são transportados na região dos terminais Lagoa e Parangaba


TERMINAIS


Trânsito ao redor do Terminal da Lagoa e ruas seguintes

Os dois semáforos localizados na avenida Augusto dos Anjos não possuem a sintonia necessária para deixar o trânsito fluir com mais leveza.

Em muitos momentos, condutores chegam a esperar duas liberações dos sinais para conseguir sair do trecho.

Além disso, os buracos atrasam o intenso fluxo nas horas de maior movimento.

Cruzamento entre as avenidas Gomes Brasil e Osório de Paiva

O Grande fluxo e falta de educação dos motoristas é o principal problema.

Entre a abertura e o fechamento dos sinais, muitos motoristas fecham cruzamentos e tiram do outro o direito de passar quando lhe é permitido.


Sara Rebeca Aguiar

sararebeca@opovo.com.br

Fonte :Jornal O Povo

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