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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Audiência discute situação da Saúde


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Pacientes aguardam mais de 4h por atendimento. Segundo funcionário, na manhã de ontem, só dois médicos atuavam no Frotinha da Parangaba
FOTO: MARÍLIA CAMELO
Representantes da Saúde e Justiça irão debater a infraestrutura dos hospitais da Parangaba e Messejana
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPE-CE), por meio da promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Isabel Porto, realiza, na manhã de hoje, uma audiência para discutir as condições de funcionamento dos Hospitais Distritais Maria José Barroso de Oliveira (Frotinha da Parangaba) e Edmílson Barros de Oliveira (Frotinha de Messejana). A audiência de caráter emergencial acontece no Plenário dos Órgãos Colegiados da Procuradoria Geral de Justiça do Estado, no bairro José Bonifácio.

Na oportunidade, serão discutidos assuntos, como a superlotação das unidades, estrutura física, situação de atendimento e recursos humanos, equipamentos, materiais de expediente e de uso permanente. O diretor do Frotinha da Parangaba Messias Simões, vê a reunião como uma boa iniciativa para tratar dos atuais problemas das duas unidades de saúde. "Será importantíssima a realização dessa reunião. Tenho a certeza de que muitas adversidades serão resolvidas", disse o médico.

Problemas
A reportagem esteve presente, na manhã de ontem, no Frotinha da Parangaba e constatou a falta de infraestrutura para atender a população enferma. A costureira Marciana Mendes Damasco, 26, estava desde a noite de sábado esperando notícias do seu avô Francisco Tomé, de 91 anos, que havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com Marciana Mendes, o atendimento até que foi rápido, contudo, os médicos demoram bastante para dizer em que situação o paciente se encontrava. "A última notícia que tive dele foi pela madrugada. Aqui, se nós não formos atrás, fazer um trabalho investigativo, não conseguimos sequer uma notícia de um parente internado. É muito difícil", falou.

Um funcionário do Frotinha da Parangaba que não quis se identificar afirma que no momento trabalhavam na unidade apenas dois médicos. Um responsável para atender na emergência e casos mais simples e outro especialista exclusivo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Normalmente, sempre é assim. As pessoas nunca deixam de reclamar e exigem melhorias urgentes na unidade. Ainda bem que, neste momento, está tudo calmo. O ruim é quando o hospital está lotado", confidenciou o funcionário.

A dona de casa Janaína Cavalcanti dos Santos, 43 anos, foi do Conjunto Ceará ao Frotinha, queixando-se de vômitos, dor de cabeça e no corpo, febre e desmaios. Ela chegou no hospital às 6h, e até às 10h ainda não tinha sido atendida.

"Acho isso um desrespeito com o cidadão. Temos direito à saúde. Cheguei cedo para ser atendida logo, mas até agora nenhum profissional da saúde veio falar comigo ou pelo menos perguntar o que eu sentia", desabafou a dona de casa.

GIORAS XEREZESPECIAL PARA CIDADE / DIÁRIO DO NORDESTE 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Trabalhadores fecham entrada do terminal da Parangaba

Operários fecham uma das entradas do terminal da Parangaba para protestar

Atualizada às 9h45 pelo O POVO Online

A série de manifestações dos trabalhadores da construção civil segue hoje, 17, com uma passeata pelo bairro Parangaba. Cerca de 600 operários fecharam a entrada do terminal do bairro na avenida Dedé Brasil ao lado da construção do shopping da construtora Marquise.Para controlar o trânsito, havia quatro agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC)

Os trabalhadores paralisaram por duas horas as obras do Hospital da Mulher, da prefeitura de Fortaleza. A categoria continua avaliando a possibilidade de entrar em greve por tempo indeterminado.

Outras obras que paralisadas foram o shopping Parangaba (construtora Marquise) e as construções de residências do programa ''Minha Casa, Minha Vida'', da construtora MRV.

Os operários estão em campanha salarial e desde a última sexta-feira, 13, as negociações foram encerradas pelo sindicato que representa as construtoras.

Os trabalhadores querem um reajuste salarial de 17%, além de plano de saúde, cesta básica de R$ 80. As construtoras planejam dar um reajuste de 6,5%.