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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

'Mar' de esgoto, mau cheiro e trânsito caótico na avenida


Motoristas tentam driblar o esgoto na avenida José Bastos, próximo ao terminal Lagoa (MAURI MELO)Motoristas tentam driblar o esgoto na avenida José Bastos, próximo ao terminal Lagoa (MAURI MELO)

Socorro Lima não se intimidou e meteu os pés na água escura que tomava a pista e a calçada da avenida José Bastos, próximo ao cruzamento com a Rua Professor Gomes Brasil. Além da sujeira e da água nos pés, ela ainda se arriscava a levar um banho dos carros e caminhões que passavam na pista, formando uma onda considerável.


Dessa vez, o motivo do acúmulo da água não foi só a chuva rápida que caiu em Fortaleza no começo da manhã. Segundo funcionários de uma loja de carros na avenida, faça chuva ou faça sol a água está ali, proveniente dos esgotos. O mau cheiro beira o insuportável.


É só chegar ao cruzamento em frente ao terminal Lagoa para ver duas tampas de esgoto com a água escura jorrando, voltando da tubulação e acumulando em uma via da pista. O alagamento em conjunto com os buracos do movimentado cruzamento são mais do que suficientes para complicar o trânsito da região, que tem carros vindo de quatro direções e atende aos ônibus do terminal.


Além disso, o cruzamento dá acesso a vias que ligam bairros populosos de Fortaleza, como Conjunto Ceará, João XXIII e Siqueira.


O motociclista Francisco Anastácio passa diariamente na José Bastos e comenta que a água está sempre ali, causando transtornos. “Tem que passar devagar e o jeito é molhar os pés mesmo”, comentou com as sandálias dentro da água turva enquanto esperava o sinal abrir.


Todos os veículos precisam diminuir a velocidade para passar pelos buracos, mas ainda assim os motociclistas realizam as ações mais imprudentes, levantando os pés quando passam pelo trecho alagado. A ação diminui o controle sobre a moto e facilita os acidentes.


Segundo Francisco José de Abreu, que trabalha próximo ao cruzamento, não é raro ver motoristas e motociclistas brigando, seja pela velocidade, pela imprudência ou por ter passado rápido nas poças jogando água no outro.


Um desses pontos fica em frente ao escritório do advogado Vicente Alves de Albuquerque. Ele comentou que o problema é recorrente e que nos últimos anos eles tem que convier com o cheiro forte e a água suja na estreita rua Monte Claro.


A Cagece, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que “está realizando uma intervenção em um coletor tronco de esgoto situado no local. A tubulação está sendo desassoreada e recuperada”.


A companhia também explicou que o serviço tornou-se necessário por causa do aporte indevido de resíduos sólidos e de água da chuva nos tubos. Segundo a Cagece, mais de 10 mil toneladas de lixo foram retiradas das tubulações de esgoto da cidade em 2010. A empresa não tem prazo definido para a finalização dos serviços de limpeza e não tem como precisar quando os vazamentos cessarão na avenida José Bastos.


Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

José Bastos está tomada por água de esgoto. Segundo a Cagece, a rede é dimensionada para receber exclusivamente os dejetos provenientes das residências, não sendo adequado direcionar água pluvial ou colocar lixo dentro da rede coletora, motivo do problema na região.


Fonte: O Povo Online

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