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quinta-feira, 25 de março de 2010

Em Fortaleza - Falta Estrutura aos Terminais


Diário do Nordeste, 25 de março de 2010.


Terminal da Parangaba: a faixa de pedestre é desrespeitada pelos motoristas de ônibus
FOTO: RODRIGO CARVALHO

25/3/2010

Nos sete terminais de integração da Capital cearense, passageiros reclamam da falta de assistência médica

Ônibus parado em cima da faixa de pedestre, pessoas atravessando correndo, muitas vezes arriscando a vida. Outros, se aglomeram em um lado da plataforma na esperança de que os veículos permitam a passagem para o outro lado. São dezenas de irregularidades que acontecem diariamente nos sete terminais de integração de Fortaleza, mas um fato que preocupa bastante os passageiros é a inexistência de atendimento médico.

Na última segunda-feira o técnico em radiologia, Antônio Edmar de Sousa, 33, morreu, vitima de atropelamento dentro do terminal de passageiros do Papicu (zona leste). O acidente aconteceu em uma plataforma quando Sousa passava fora da faixa de pedestres entre dois ônibus estacionados. Segundo testemunhas, apesar da imprudência do pedestre, o acidente aconteceu por causa de um ônibus que entrava no terminal em alta velocidade e não conseguiu frear, colidindo em outro.

A fatalidade deveria ter servido como alerta para passageiros e motoristas, no entanto a reportagem esteve, na manhã de ontem, nos terminais de integração do Papicu e Parangaba e flagrou cenas de imprudência. Além disso, não encontrou nenhum fiscal exercendo a função de orientação de embarque e desembarque de passageiros.

Para o aposentado Antônio Miranda, 73, sem sinalização ou fiscalização adequada fica tudo mais difícil circular nos terminais. "Aqui os ônibus passam em alta velocidade, semana passada quase fui atropelado", frisa. Ainda segundo ele, os veículos não respeitam as faixas de pedestre dos terminais e estacionam em cima delas.

Segundo a assessoria de imprensa da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), em todos os sete terminais (Antônio Bezerra, Conjunto Ceará, Lagoa, Messejana, Papicu, Parangaba, Papicu e Siqueira), há fiscais para orientar o embarque e desembarque de passageiros, e organizar filas.


A estudante Erivânia de Sousa diz que depois do acidente que gerou a morte do pedestre na última, ela prefere esperar que não exista nenhum ônibus por perto para atravessar na faixa. "Eu já não me sentia segura ao passar por aqui, agora é que estou com mais medo. Eles não nos respeitam, além disso não há fiscalização efetiva".

No Papicu, são 17 fiscais. Já na Parangaba, 21. Ainda segundo a assessoria, o órgão trabalha com um sistema de monitoramento de velocidade dos ônibus. O programa contribui para que a Etufor tenha um controle dos veículos e identifique se o motorista ultrapassou o limite de 20 km/hora, dentro do terminais de integração.Continua na página 10.

KARLA CAMILA
REPÓRTER




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